Helô Uehara lança seu primeiro álbum: “realização de um sonho”

O EP. reúne ritmos que transitam entre o samba de terreiro, maracatu, coco, rumba e a musicalidade afro-indígena.

Foto: Thayse Gomes | Artista: Helô Uehara

Paraibana de alma e coração, a cantautora Helô Uehara lançará seu primeiro álbum “Iaô de Oxum” nas plataformas de Streaming de áudio no dia 12 de outubro. A produção reúne sete faixas autorais que falam sobre os orixás, o sagrado e a relação dos tambores da natureza com a ancestralidade afro-indígena.

Foto: Thayse Gomes | Artista: Helô Uehara

“Iaô de Oxum” é a realização de um sonho da artista que traz em suas canções a redescoberta do seu lugar na arte e um pouco sobre si. “É uma grande conquista . Ele parte de um lugar de autoconhecimento. E sobretudo, das minhas vivências enquanto mulher Iyalorixá Omolokô. Um pouco do meu sagrado está presente em cada canção”, diz Helô.

O nome do álbum “Iaô de Oxum” faz referência ao Iorubá com o termo ‘Iaô’ que é uma nomenclatura usada para designar os filhos e filhas de santo que estão passando pelo seu primeiro contato com o orixá e todo seu desenvolvimento ritualístico. Além disso, é também o nome de uma das canções que fala sobre o orixá da artista, Oxum Iyá Karé.

Foto: Rafael Passos | Artista: Helô Uehara

“Oxum me ensina sobre autoconhecimento. Ela não admira seu Abebé por vaidade. Ela se observa, visitando as profundezas da sua essência, para conhecer sua luz e sua sombra, e assim, se acolher e se amar integralmente”, ressalta a artista.

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Uma das canções que faz parte do álbum é “Folha que Cura (Ewe Ô)”, finalista do 7º Festival de Música da Paraíba. A música foi composta por Helô juntamente com o multiartista Pedro Paz. “Pedro Paz foi meu primeiro parceiro musical em terras parahybanas e é o primeiro a ouvir minhas composições em andamento. É uma honra trocar e aprender com ele e, uma alegria ainda maior, espalhar nossa Folha que Cura pra todo Ayê”, fala Helô.

O álbum teve a produção musical do musicista e maestro do samba paraibano, Potyzinho Lucena. “Tive a honra de assinar os arranjos e a direção musical. O trabalho está lindo. Está muito bem gravado, muito bem tocado, com profissionais de primeiríssima qualidade. Belíssimas composições”, afirma Potyzinho.

A mixagem e masterização da produção ficou por conta do Marcelinho Macedo que é o responsável pelo estúdio ‘Peixe boi’, local onde aconteceram as gravações. “O disco tem uma sonoridade bastante clara com as percussões na frente. Essa era a ideia de um disco de samba de terreiro. Aprendi muito sobre terreiro, sobre essa manifestação, sobre outras dimensões. Helô é uma pessoa muito coletiva. A gente conversou muito. É um disco muito feliz, alegre, pra cima. Vale a pena conferir”. Conta Marcelinho.

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O EP. “Iaô de Oxum” presenteia o público com sete canções autorais produzidas em parceria com Pedro Paz, Alagbê Tité Alikamá, e o seu Babalorixá, Carlos Buby. O projeto ainda contou com Feats das Calungas, Tité Alimaká, Agoiê e Pedro Paz, além de participações de Polyana Resende, Tainá Macedo, Carolla entre outros grandes artistas da cena cultural paraibana.

O público poderá ouvir todas as canções no Spotify, Apple Music, Deezer e Amazon Music.

“Iaô de Oxum” foi realizado com recursos da Lei Paulo Gustavo. Operacionalização: Secretaria de Estado da Cultura – Governo do Estado da Paraíba. Paraíba, 2024.

SOBRE HELÔ UEHARA

Foto: Thayse Gomes | Artista: Helô Uehara

Natural de Barretos,  São Paulo, reside na Paraíba desde 2016. Helô é cantora, compositora e ativista do Axé. Tem mais de 20 anos de carreira com participações em festivais, saraus, gravações, entre outros.

Seus estudos e trabalhos são direcionados aos sambas de terreiro, ijexás, com performances inspiradas nas tradições de matriz africana e indígena, como também das suas vivências enquanto Iyalorixá Omolokó.

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Em 2017, formou o grupo de samba de terreiro, Agoiê. A partir dele produziu dois musicais, o ‘Xirê do Agoiê’, em 2020, e ‘Xirê do Agoiê’ 2ª edição, em 2022. Já em 2021, fez parte da ‘Orquestra de Samba de Mulheres’ juntamente com a cantora e compositora Polyana Resende.

Helô foi classificada com a canção ‘Águas de Mãe (Iyá Omi)’, em parceria com a cantora e compositora Nathália Bellar na 4ª Edição do Festival de Música da Paraíba, em 2021. Em 2024, foi finalista no 7º Festival de Música da Paraíba com a canção ‘Folha que cura (Ewê ô)’, em parceria com Pedro Paz.

Em 2023, lançou três canções autorais, com arranjos e produção musical de Potyzinho Lucena, disponíveis em todas as plataformas digitais. Em 2024, através do projeto Agah, artista gravou sua canção ‘Estrela’, composta por Hygo Almeida.

Fonte: Ascom | SPL

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