Águas de março nos olhos e a promessa de vida no coração. A luta volta ao silêncio

Março caminha para seu fim e a visibilidade voltada para a violência sofrida pelas mulheres segue viagem para o esquecimento. Dessa forma, entraremos em sono profundo, uma sociedade Bela Adormecida hibernará por longos 12 meses e regressará a temática no dia 08 de março de 2018. Ao longo de um ano, mulheres de todas as idades lutarão por sua sobrevivência. A batalha se aproxima – continuará – e a elas armas não foram dadas. Suas vozes pouco serão ouvidas, seus clamores serão dissipados e pelo percurso vítimas ficarão e sendo hétero, lésbica, bi, cis ou trans, todas sofrerão. Dados também não faltarão para comprovar que a cada hora, mais de 500 mulheres são vítimas de violência física no Brasil como revelou a pesquisa Datafolha divulgada em 2017.

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Seus valores serão subjugados, seus levantes menosprezados mas hão de erguer a cabeça e seguir pautando e se fazendo notadas. Dandara’s, Maria’s, Elizabete’s, passarão pelo crivo de uma sociedade machista e patriarcal, mas não desistirão. Algumas infelizmente irão sucumbir e aqui não mais estarão para nos fazer pensar, reverberar e suscitar a discussão capaz de revelar o que de fato as afligem. Mas até lá, quantas precisarão morrer para provar que de fato há necessidade de que essa temática seja discutida? “Nem uma”.

“Nem uma a menos” deveria ser o lema de toda a sociedade. É para ao lado delas lutarmos para que nenhuma sofra, padeça por si ou por suas companheiras de vida, de luta. Nenhuma precisará cair ao solo e ter seus sonhos jogados em valas rasas que não conseguem esconder a sujeira de nossa sociedade.

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Aqui não cabe generalizar, mas a causa todos devemos apoiar. Elas nasceram para lutar, representar. Que tal agregar? Deixem-nas falar, viver, existir, livre andar.  Empoderadas em si, sendo mulher onde, quando e como quiser.

Por Cephas Castro

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