O Ateliê Multicultural Elioenai Gomes celebra a identidade afro-brasileira mais uma vez com o XXXIX Baile Afro. Toda a programação foi pensada de acordo com o tema “Celebrando o amor entre todos os seres” e traz como atrações o DJ Man_Fe, Afoxé Oxum Pandá (PE), com participação de Jorge Riba (PE) e Grupo Raízes (PB), com seu trabalho de percussão performances de dança coreografadas por Luciana Peixoto. A festa começa às 16h com o artista visual Elioenai Gomes pintando. O acesso custa R$ 20 (inteira) e R$ 10 (estudante).
O Grupo Raízes Paraíba será anfitrião da festa. O Coletivo de dança e percussão afro-indígena é nascido e sediado no Ateliê Multicultural e se apresenta celebrando o intercâmbio Paraíba-Pernambuco com um repertório repleto de ijexás, cocos, cirandas e maracatus, com canções autorais, de compositores paraibanos e nordestinos.
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Já o DJ Man_Fe preparou um set especial com muita africanidade para celebrar o amor entre todos os seres . Ele discoteca desde 2014 com uma pegada deephouse, sem deixar de experimentar e viajar pelos vários ritmos e músicas brasileiras e estrangeiras. Já tocou em várias festas, entre elas Kika, Balacobaco (edição Recife – Mansão do Amor), Antropomórficx (Residente), além de tocar em várias casas noturnas como General Store e Geeks Pub, Califórnia cal bar.
Grupo Afoxé Oxum Pandá – Após anos de contribuição e militância no Afoxé Alafin Oyó (um dos principais grupos desta linguagem no Estado de Pernambuco), o Babalorixá Genivaldo Barbosa Lemos sente-se motivado em multiplicar os saberes vivenciados. Consultando através dos búzios aos Orixás, Oxum Pandá (divindade guerreira da beleza, riqueza e amor) se apresentou como patrona desta nova entidade que surge nos idos de 1995. No carnaval do mesmo ano, trajando vestes amarelo e branco, a Entidade Cultural Afoxé Oxum Pandá sai às ruas de Olinda trazendo toda a sonoridade da cultura africana reinventada no Brasil sob a cadência do Ijexá. Cantando a beleza negra, a riqueza da herança afro-brasileira e propagando o amor e reconhecimento da história de luta e resistência dos antepassados, o Afoxé Oxum Pandá constrói sua trajetória de afirmação entre os grupos de cultura de tradição no estado.
O primeiro CD de título “Não há silêncio” abriu definitivamente o Oxum Pandá no cenário musical, inserido o Afoxé em diversas apresentações em várias cidades de Pernambuco, inclusive na cidade de São Paulo. Já seu segundo trabalho intitulado “Brilho do Sol”, traz diversas músicas autorais com arranjos de Jorge Riba (sambista consagrado em nosso estado pelo trabalho que resgata o samba de raiz) e a voz de Maria Helena Sampaio (Fundadora Oyá Tokolê Afoxé Owo e respeitada Yalorixá do Recife) referência no meio musical e religioso da cidade do Recife. Ainda curiosidades do Afoxé, sendo esse um dos primeiros Grupos de Cultura Popular a subir no Palco do Teatro de Santa Isabel no Recife.
Em janeiro de 2018 lança seu terceiro CD – Deusa da Beleza com produção de Jorge Féo e direção musical de Jorge Riba, como convidados do CD os cantores Gerlane Lops e Gonzaga Leal e tem seu show de Lançamento dentro do Janeiro de Grandes Espetáculos com a Participação de As Crioulas, Adriana B e Jorge Riba.
Jorge (Seu) Riba – Músico, Cantor, Compositor e principalmente amante do samba e das artes. Ariano de abril de 65, recifense nascido na Boa Vista e criado no Morro da Conceição, e nas praias de Rio Doce.
Com 30 anos de carreira artística dedicados ao desenvolvimento e reconhecimento da cultura afrodescendente no estado de Pernambuco, Jorge Riba, sócio Fundador dos primeiros afoxés de Recife, e um dos primeiros compositores de musicas para estas agremiações, foi um dos maiores incentivadores à criação dos blocos de samba, afros e afoxés do estado, buscando sempre o reconhecimento e a valorização da identidade negra pernambucana. Akewi dos grandes afoxés do estado, militante do movimento negro pernambucano, sócio fundador do Ará Ode, Alafin Oyó e Oxum Pandá, Jorge Riba sempre buscou fortalecer as ações afirmativas para a o fortalecimento da cultura negra em Pernambuco e no Brasil.
Foi compondo a ala das frigideiras da extinta Unidos da Vila (rio Doce) aos 12 anos, acompanhando sua mãe na quadra da GRES Gigante do Samba em Água Fria, vendo o avô paterno organizar o MBS Águia de Ouro, e observando e imitando os ogãs dos terreiros de candomblé quando acompanhava sua avó e sua madrinha na infância, que o artista teve seu primeiro contato com a música.
Sendo um dos primeiros integrantes do Lamento negro participa do surgimento do Mangue Beat. Fez parte da primeira formação da Banda de Ívano, Marcelo Santana, na década de 1980/1990, ainda neste período estrutura os principais afoxés de Pernambuco, na década de 2000 funda com Garnizé “Los Mambises Santeros” realizando o primeiro intercambio entre Cuba e Pernambuco.
Em 2003 que Jorge Riba decide abraçar de vez o samba. E como não podia ser diferente, vem fazendo história, por ser um dos responsáveis pelo movimento recifense de retorno e de valorização do samba. Participou da primeira formação do Grupo Zé Cafofinho e suas correntes, e junto com outros sambistas fundou o Movimento de Compositores de Samba de Pernambuco e sua Mesa de Samba Autoral de PE. Mas se enganam aqueles que pensam que Jorge Riba é novo no samba. Aos 16 anos o artista compôs seu primeiro samba: Lucia, um samba bossa-nova dedicado a sua primeira namorada. E ainda na década de 80, compôs o samba-jazz Estação, quando morava ainda em Salvador. Ambas as músicas estão no seu primeiro CD lançado em março do ano passado.
Nestes 30 anos de carreira artística Jorge Riba viajou o mundo (circulando na Inglaterra, Alemanha Itália e Portugal) e morou em outras partes do país, onde bebeu um pouco de sua fonte musical, como Salvador (ainda na década de 1980) e Pará.
Em 2007 Jorge Riba lança o CD single O FINO DO SAMBA, em março de 2010 Lança seu primeiro CD solo no mercado. O CD MEU RECADO, com incentivo Funcultura. Este pré-selecionado para o Premio da Música Popular Brasileira 2011 e o Premio Ancinpe da Música Pernambucana 2011 como melhor CD de samba.
Serviço:
XXXIX Baile Afro – Celebrando o amor entre todos os seres
Com: DJ Man_Fe, Afoxé Oxum Pandá (PE), participação de Jorge Riba (PE) e Grupo Raízes (PB), coreografia de Luciana Peixoto, performance do artista Elioenai Gomes (pintura)
Data: sábado, 09/06, às 16h
Acesso: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia entrada)
Local: Ateliê Multicultural Elioenai Gomes, Ladeira da Borborema, 101, Varadouro
Fonte: Assessoria de Imprensa
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