Funesc estreia série ‘A Hora de Clarice’ neste sábado (12)

No dia 10 de dezembro de 1920 nascia, no Brasil, uma das mais importantes e complexas escritoras que o país já conheceu. Para celebrar o centenário de Clarice Lispector, a Fundação Espaço Cultural da Paraíba estreia, neste sábado (12), a série “A Hora de Clarice”, que passará a ser exibida semanalmente no canal da Funesc no Youtube (youtube.com/funescpbgov), sempre a partir das 17h. O primeiro episódio, intitulado “Mulher Delírio”, é encenado pela atriz e diretora Suzy Lopes sob direção de Tony Silva.

O título faz menção ao livro ‘A Hora da Estrela’, de autoria da homenageada. A obra foi adaptada para o cinema no ano de 1985, numa produção dirigida por Suzana Amaral e protagonizada pela paraibana Marcélia Cartaxo. O projeto consiste em uma minissérie online composta por oito episódios com duração de 5 a 15 minutos baseados na obra da escritora.

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A apresentação fica por conta da atriz Suzy Lopes e cada programa terá um formato próprio de acordo com a obra escolhida e estética própria de acordo com a equipe que estiver à frente de cada produção. Trata-se de uma construção coletiva idealizada pela coordenação de teatro da Funesc e que conta com engajamento de outros setores da Fundação.

Episódio 1 – Mulher Delírio – Baseado em crônicas variadas de Clarice Lispector, transitando entre o sonho e a realidade. Os delírios começam de maneira leve, de modo que de início é possível achar que se trata apenas da maneira como a personagem descreve o mundo à sua volta lucidamente.

Aos poucos, os delírios vão se ficando cada vez mais abstratos e intensos, de modo que fica difícil distinguir, em certo ponto, o que é real e o que não é, um verdadeiro mergulho na mente febril da personagem.

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Clarice Lispector (1920-1977) – Romancista, contista, cronista, tradutora e jornalista. Clarice Lispector pertence à terceira fase do movimento modernista e imprimiu em suas obras uma literatura intimista, de sondagem psicológica e introspectiva, com mergulhos no pensamento e na condição humana. Em 2020, uma série de eventos pelo país celebram o centenário do nascimento da escritora que nasceu em Tchetchelnik, uma aldeia da Ucrânia, então pertencente à Rússia. Seu nome de nascença é Haia. Os pais, judeus russos, decidem emigrar três anos após a Revolução Bolchevique de 1917, devido à violência e a constante perseguição antissemita. A família chegou ao Brasil em 1922, na cidade de Maceió, adotando novos nomes.

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A literatura clariciana traz como características elementos como o fluxo de consciência, monólogo interior e a ruptura com o enredo factual. As temáticas são existenciais e psicológicas. Outra marca de sua literatura é o uso da epifania – momentos em que alguma das personagens (no geral, femininas) passam por uma revelação ou uma tomada de consciência diante de um fato do cotidiano.

Fonte: Assessoria

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